04 novembro, 2010

Caixinha Dourada - Ilustração


Conta-se a história de um velhinho solitário, que vivia em um asilo, e que todas as noites, quando as luzes eram apagadas, ele pegava uma caixinha dourada que ficava embaixo de sua cama, colocava sua mão dentro da caixa, e depois a encostava em seu rosto, e ficava risonho.
Depois, guardava a caxinha novamente.
E isso se repetiu por anos e anos, até que uma noite, um dos outros velhinhos viu o que o velhinho fazia, e ficou curioso para saber o que tinha naquela caixa.
No outro dia, logo pela manhã, o velhinho acordou, e foi banhar, enquanto isso, os velhinhos que ficavam no mesmo quarto que ele resolveram olhar o que tinha dentro da caixa.
- Eu não sei o que esse velho tanto olha nessa caixa dourada!
- Vamos ver, vamos ver!
Quando abriram a caixinha, ela estava totalmente vazia. Todos se perturbaram, afinal de contas todas as noites o velhinho tirava algo de dentro da caixa.
- Eu não acredito, ela está vazia!
- Esse velho está "gágá", onde já se viu?!
Resolveram então, guardar a caixinha como se nada tivesse acontecido. 
Quando a noite chegou, o velhinho novamente esperou as luzes serem apagadas e pegou sua caixinha, colocou sua mão lá dentro e depois a encostou em seu rosto e ficou rindo sozinho.
Na mesma hora, os outros velhinhos ligaram as luzes e falaram:
- Descobrimos o seu segredo! Essa caixa está vazia! Você está louco!
O velhinho pressionou a caixinha sobre o seu peito assustado, e disse:
- Por que vocês fizeram isso comigo? A caixa não está vazia!
- Está sim, olhe para dentro dela.
O velhinho olhou para os outros com um olhar mais calmo, e resolveu-lhes explicar tudo.
- É, realmente a caixa parece estar vazia mesmo! Vou explicar-lhes o que aconteceu.
Há muito tempo atrás, eu era casado com uma linda esposa e tinha uma filhinha de 5 anos.
Era Natal, e todos estávamos ansiosos para aquele grande dia! Eu comprei umas folhas douradas para embrulhar os presentes, fui para o trabalho, e não via a hora de chegar em casa.
Quando cheguei, olhei minha menina picotando todas as folhas douradas, fiquei furioso, e gritei com ela:
- O que você está fazendo menina, está estragando minhas folhas?
Ela assustada começou a chorar e me disse:
- Não papai, eu estou embrulhando uma caixa para colocar o seu presetinho de Natal!
Fiquei muito sem graça, por ter sido tão rude com minha garotinha, para me redimir disse:
- Ah sim minha querida! Volte a fazer então! Pode embrulhar!
Ela então passou suas mãos tão pequeninas nos olhos, enxugou as lágrimas e voltou a embrulhar a caixa.
Quando chegou a hora de entregar os presentes..
- Olha papai, esse presente é para você! Eu mesma fiz!
- Que lindo filhinha! Vamos ver o que é?
Abri a caixa, e ao ver o que tinha, me irei novamente.
- O que significa isso? Não tem nada aqui dentro! Você não sabe que quando damos uma caixa de presente a alguém, temos que colocar algo dentro?
Ela se assustou novamente, e começou a chorar..
- Mas papai, seu presente está aí, olhe!
- Onde? Mostre-me!
- Eu passei a tarde toda colocando beijinhos nesta caixinha, para que sempre que você se sentisse triste ou com saudades de mim, pudesse pegar um deles e se alegrar um pouquinho.
Eu me emocionei com aquela forma tão pura e ingênua que minha filhinha me presenteou, certamente foi o presente mais lindo que eu já tinha recebido.
- Que lindo minha filha! Amei meu presente! Hum, vejamos qual destes beijinhos o papai vai pegar?! Este aqui! Humm..que gostoso!
Aproveitamos aquele Natal como nunca, e no outro dia resolvemos viajar pela madrugada. Estava indo tudo bem até que de repente na estrada um caminhoneiro dormiu no volante e bateu em nosso carro.
Depois de dias, acordei e percebi que estava em um hospital. A enfermeira falou:
- Finalmente o senhor acordou!
Lembrei-me da minha filha e esposa e perguntei a enfermeira:
- Onde está minha filha? E minha esposa?
Ela não me respondeu e foi chamar o médico, quando ele chegou perguntei desesperado pelo paradeiro das minhas queridas, e ele com um olhar muito triste me disse:
- Sinto muito, a sua filhinha não resistiu aos ferimentos e faleceu. A sua esposa também não aguentou.
Meu mundo acabara de desabar em minha cabeça, senti uma dor indescritível, e dei um grito tão forte que desmaiei. Fiquei desacordado por dois dias. 
Eu perdi tudo! Minha filha, minha esposa que eu tanto amava, só me restou essa caixa.
Então, sempre que me sinto triste, solitário, e com saudades delas, pego essa caixinha dourada, tirou uns beijinhos da minha filhinha e coloco em meu rosto. Sinto como se ela estivesse viva comigo!
Os velhinhos se emocionaram com a história, e se abraçaram! E disseram que nunca estariam mais solitários, porque agora, teriam um ao outro!

Querida, muito interessante esta história não?
Trazendo para a realidade, é assim que acontece conosco! Sempre que nos sentimos tristes, ou achamos que não somos amados, podemos fechar nossos olhos, colocar nossa mão debaixo da cruz de JESUS, e colher uma gota de seu sangue que foi derramado e encostá-la em nosso coração.
Em cada gota de sangue que O Senhor Jesus derramou na cruz quando foi sacrificado no Monte Calvário, está uma declaração de amor por nós.
Não se esqueça que és muito amada por Deus, e este amor nunca acaba! 
É maior que tudo, até mesmo que nossos pecados. 
Ele nos amou primeiro!

"Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados" 1 João 4: 9-10

2 comentários:

  1. Olá Juliana!
    Obrigado pela sua visita no meu blog.
    O seu já começou muito lindo.
    Amei essa história, apezar de ser um pouco triste, mas me fez pensar em aproveitar e muito a companhia dos meus amados.
    Como o Senhor é maravilhoso não é mesmo?
    Voltarei com mais tempo pra ler as postagens iniciais.
    Um beijo e fica na paz!

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  2. Olá Cida! Obrigada também!
    É verdade, essa história é um pouquinho triste, mas achei muito interessante, pois nos faz refletir, meditar.. Deus nos abençoe!

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